Italianos, a olhar a face da morte todos os dias, nenhuma autoria, vírus a dominar o mundo, tristes vítimas, milhares de mortes em que não se enterra o querido, nem se olha nos olhos,
nenhum beijo na partida, alguns se vão sem oração, sem benção do padre, duramente são ceifados, desvanecem cedo os mais velhos, tradicionais, o verde, branco e vermelho, sangue incrustado.
Trancados, abafados, ares compartilhados, covil humano fechado, prosas, lembranças, aquele dia, o momento inesquecível, agora, risos, sorrisos, malvadezas, malevolência,
confinados, o instinto natural grita alto, sei lá, jazz no rádio, celulares desligados, pandemia condena o mundo, não toca aqui, onde toco, só dois e coisa alguma a fazer, quase.
Respirar profundamente, não somente ares adentro e afora dos pulmões, refiro-me ao alívio, satisfação,
a calmaria da tormenta, sensações aromáticas ou até fluxo de raciocínio ao cérebro, pensamentos adjetos,
decisões pós respiração, sempre melhores, respirar também é refletir, unanimidade, o ar precisa de espaço,
circula nos detalhes do ser, precisa de lazer, ofegante, se prazer, calculado, se treinado.