Lembras quando sorriste pela última vez? Onde estavas? Foste falso? Ou apenas horrível e amarelado?
sorrias sempre assim? sem fazer as felizes covinhas, deixa os dentes sempre meio escondidos, os olhos não sorriem,
tem certeza de que consegues sorrir naturalmente? serás que não enganas a si? assim como quem sorrias em triste fim,
talvez este sorriso sejas só enfeite, um riso preso numa máscara de cera, não contagias a outros, não é inerente.
As Guerras e seus parênteses,
armaram o homem com o Diabo,
sacrificaram santos, santificaram os cabos,
o lado bom, não tem lado.
O puro mau, inerência do ser humano, corrói ao seu redor, gratuitamente, impulsivamente,
destrói, mata, por nada, não evoluímos desde a árvore sagrada, Caim, Jack, Hitler e outros mil,
serial killers, ditadores, estupradores, assassinos de crianças, mulheres, judeus, homens, tantos,
está no sangue, na mente, é humano, a maldade é seu acessório preferido, está sempre ali, ativo ou adormecido.
Mentiras, falácia da vida,
pequena, grande, temida,
ninguém quer pra si, é ferida,
ofício que trucida.
A Mãe Natureza agoniza, piamente chora,
suas crias cada vez mais raras, padecem todos os dias,
caçados, açoitados, degolados, sofrimento inesgotável,
criou-se tudo com amor e o homem perfurou.
Eu sou um herói, criança, tenho quaisquer super poderes, acabarei com todos os malefícios desse mundo,
começarei voando pelos céus, cortando nuvens, imponente, derrotarei criaturas armadas, sou invulnerável,
então, posso à noite, ser o morcego em becos sem saídas, não darei chance a assaltantes, nem bandidos,
veloz, flash, salvarei famílias da arma apontada para a cabeça, como fazem, policiais mal remunerados.