Como é escuro o brilho dos teus olhos, quando não fitam em segredo, o teu perdido amado,
chora sem plateia, esse preto espetáculo, a beleza líquida desse poço d'água, retraídos em pálpebras,
já sorriram tantas vezes, junto a teus risos, embarcados nas lembranças, daquele triste amor recente, amargo,
dormem tímidos e sem graça, dentro do veludo da pele, contraídos, sem permitir que admirem, estas lindas pupilas.
Bang, não há mais reflexos das estrelas noturnas no mar, nem os raios de sol bronzeiam as rosas,
os animais não desbravam a terra selvagem, o vento sopra fraco, poupando as folhas, a natureza está falha,
o ar está pesado, denso e impuro, os insetos sumiram do quintal, os humanos risonhos, não sorriem mais tão fácil,
as Violetas perderam suas inúmeras cores, os passarinhos cantarolam sem som, o amor, já não aquece os corações.